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[sexta-feira, agosto 25, 2006]




Mesmo considerando o Barroco o primeiro estilo de época da literatura brasileira e Gregório de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, com sentimento nativista manifesto, na realidade ainda não se pode isolar a Colônia da Metrópole. Ou, como afirma Alfredo Bosi: "No Brasil houve ecos do Barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras academias repetiram motivos e formas do barroquismo ibérico e italiano". Além disso, os dois principais autores – Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos – tiveram suas vidas divididas entre Portugal e Brasil. Por essas razões, neste capítulo não separaremos as manifestações barrocas de Portugal e do Brasil.

Em Portugal, o Barroco ou Seiscentismo tem seu início em 1580 com a unificação da Península Ibérica, o que acarretará um forte domínio espanhol em todas as atividades, daí o nome Escola Espanhola, também dado ao Barroco lusitano. O Seiscentismo se estenderá até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, já em pleno governo do Marquês de Pombal, aberto aos novos ares da ideologia liberal burguesa iluminista, que caracterizará a segunda metade do século XVIII.

No Brasil, o Barroco tem seu marco inicial em 1601 com a publicação do poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira, que introduz definitivamente o modelo da poesia camoniana em nossa literatura. Estende-se por todo o século XVII e início do século XVIII. O final do Barroco brasileiro só se concretizou em 1768, com a fundação da Arcádia Ultramarina e com a publicação do livro Obras, de Cláudio Manuel da Costa. No entanto, já a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos, o movimento academicista ganhava corpo, assinalando a decadência dos valores defendidos pelo Barroso e a ascensão do movimento árcade.

Momento histórico

Se o início do século XVI, notadamente seus primeiros 25 anos, pode ser considerado o período áureo de Portugal, não é menos verdade que os 25 últimos anos desse mesmo século podem ser considerados o período mais negro de sua história.

O comércio e a expansão do império ultramarino levaram Portugal a conhecer uma grandeza aparente. Ao mesmo tempo que Lisboa era considerada a capital mundial da pimenta, a agricultura lusa era abandonada. As colônias, principalmente o Brasil, não deram a Portugal riquezas imediatas; com a decadência do comércio das especiarias orientais observa-se o declínio da economia portuguesa. Paralelamente, Portugal vive uma crise dinástica: em 1578, levando adiante o sonho megalomaníaco de transformar Portugal novamente num grande império, D. Sebastião desaparece em Alcácer-Quibir, na África; dois anos depois, Filipe II da Espanha consolida a unificação da Península Ibérica – tal situação permaneceria até 1640, quando ocorre a Restauração (Portugal recupera sua autonomia).

A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito do Sebastianismo (crença segundo a qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o Pe. Antônio Vieira, que aproveitou a crença surgida nas "trovas" de um sapateiro chamado Gonçalo Anes Bandarra.

A unificação da Península veio favorecer a luta conduzida pela Companhia de Jesus em nome da Contra-Reforma: o ensino passa a ser quase um monopólio dos jesuítas e a censura eclesiástica torna-se um obstáculo a qualquer avanço no campo científico-cultural. Enquanto a Europa conhecia um período de efervescência no campo científico, com as pesquisas e descobertas de Francis Bacon, Galileu, Kepler e Newton, a Península Ibérica era um reduto da cultura medieval.

Com o Concílio de Trento (1545-1563), o Cristianismo se divide. De um lado os estados protestantes (seguidores de Lutero – introdutor da Reforma) que propagavam o "espírito científico", o racionalismo clássico, a liberdade de expressão e pensamento. De outro, os redutos católicos (a Contra-Reforma) que seguiam uma mentalidade mais estreita, marcada pela Inquisição (na verdade uma espécie de censura) e pelo teocentrismo medieval.

É nesse clima que se desenvolve a estética barroca, notadamente nos anos que se seguem ao domínio espanhol, já que a Espanha é o principal foco irradiador do novo estilo.

O quadro brasileiro se completa, no século XVII, com a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em conseqüência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar.

Características

O estilo barroco nasceu da crise de valores renascentistas ocasionada pelas lutas religiosas e pela crise econômica vivida em conseqüência da falência do comércio com o Oriente. O homem do Seiscentismo vivia um estado de tensão e desequilíbrio, do qual tentou evadir-se pelo culto exagerado da forma, sobrecarregando a poesia de figuras, como a metáfora, a antítese, a hipérbole e a alegoria.

Todo o rebuscamento que aflora na arte barroca é reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII. A arte assume, assim, uma tendência sensualista, caracterizada pela busca do detalhe num exagerado rebuscamento formal.



Podemos notar dois estilos no barroco literário: o Cultismo e o Conceptismo.

Cultismo: é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante (hipérboles), descritiva; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras (ludismo verbal), com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo ser também conhecido por Gongorismo. No cultismo valoriza-se o "como dizer".
Conceptismo: é marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada (arte de bem falar, ou escrever, com o propósito de convencer; oratória). Um dos principais cultores do Conceptismo foi o espanhol Quevedo, de onde deriva o termo Quevedismo. Valoriza-se, neste estilo, "o que dizer".


Na literatura, as características principais são:

Culto do contraste: o poeta barroco se sente dividido, confuso. A obra é marcada pelo dualismo: carne X espírito, vida X morte, luz X sombra, racional X místico. Por isso, o emprego de antíteses.
Pessimismo: devido a tensão (dualidade), o poeta barroco não tinha nenhuma perspectiva diante da vida.
Literatura moralista: a literatura tornou-se um importante instrumento para educar e para "pregar" por parte dos religiosos.


por Eli * 12:37 PM
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[quinta-feira, dezembro 22, 2005]



O Renascimento foi um vasto movimento cultural que surgiu na Europa em fins da Idade Média e que objetivou fazer reviver os ideais da antigidade clássica nas artes, na literatura e na cultura. E nesse contexto que tem início o movimento literário chamado Classicismo. O homem, com sua razão e busca da arte universal, torna-se o centro de tudo em contra posição ao período anterior, Idade Média, em que a sociedade estava voltada para Deus e os valores espirituais.


CARACTERÍSTICAS DO CLASSICISMO



por Eli * 2:55 AM
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[terça-feira, dezembro 06, 2005]



O Renascimento foi um vasto movimento cultural que surgiu na Europa em fins da Idade Media e que objetivou fazer reviver os ideais da antiguidade clássica nas artes, na literatura e na cultura. E nesse contexto que tem inicio o movimento literario chamado Classicismo. O homem, com sua razão e busca da arte universal, torna-se o centro de tudo em contra posição ao periodo anterior, Idade Media, em que a sociedade estava voltada para Deus e os valores espirituais.


CARACTERISTICAS DO CLASSICISMO

  • Imitaçao dos autores classicos gregos e romanos da antiguidade.
  • Uso da Mitologia: Os deuses e as musas, inspiradores dos classicos gregos e latinos, aparecem tambem nos classicos renascentistas.
  • Predomínio da razao sobre os sentimentos: a linguagem classica nao e subjetiva nem impregnada de sentimentalismo e de figuras, porque procura, atraves da razao, todos os dados fornecidos pela natureza e, desta forma, expressar verdades universais.
  • Uso de uma linguagem sobria, simples, sem excessos de figuras literarias.
  • Idealismo: os classicos abordam o homem ideal, liberto de suas necessidades diarias, comuns. Os personagens centrais das epopeias sao nos apresentados como seres superiores, verdadeiros semideuses, sem defeitos.
  • Amor platonico: os poetas classicos revivem a ideia de Platao de que o amor deve ser sublimes, elevados, espirituais, puros, nao fisicos.
  • Busca da universalidade e impessoalidade: a obra classica torna-se a expressao de verdades universais, eternas, e desprezado particular, o individual, aquilo que e relativo.
  • Os principais autores desta epoca foram Francisco Sa de Miranda, o qual introduziu o soneto em Portugal, Antonio Ferreira e Luis Vaz da Camoes que alem de suas obras liricas e dramaticas, escreveu o poema epico Os Lusiadas, seguindo os modelos de Homero (Iliada, Odisseia) e de Vergilio (Eneida).


por Eli * 7:04 AM
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Comments:
Olá Elisangela. Muito obrigada pela sua visita. Tenho de facto algumas questões e sugestões para o seu blog que está a começar muito bem mas preferia enviá-las por email. Responda-me para o email profteresa_no@hotmail.com e conversaremos melhor. Adorei o layout e sinto que está a começar muito bem. Força!
 
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